No último fim de semana
eu li uma notícia que me deixou ao mesmo tempo feliz, surpresa e esperançosa. E
ainda me deu uma grande e importante lição. A notícia tinha a seguinte
manchete: “Araruama: Igreja investedízimos e ofertas na construção de casas para membros sem moradia”.

Pelo o que a matéria nos conta, essa igreja resolveu usar a colaboração
de seus fiéis para socorrer os membros em suas necessidades. A questão que me
chama a atenção, é que este exemplo é na verdade uma regra que virou exceção…

Veja bem, quantas igrejas você conhece que investem mais em ajudas
sociais, ações beneficentes e até missões do que em reformas e eventos para
atrair membros? As que eu conheço são bem poucas…

Isso me leva a pensar, que tipo de igreja somos nós? E ao dizer igreja,
eu não me refiro somente ao local ou instituição que se frequenta, mas a cada
um de nós que se intitula cristão e servo de Jesus Cristo. Será que estamos cumprindo
verdadeiramente o nosso papel neste mundo? Será que a religião que praticamos
está de acordo com o que dizemos acreditar?

Vamos ver o que a Bíblia diz a respeito disso em Tiago 1:27:

A religião que Deus, o nosso
Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em
suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.

O que eu entendo deste trecho bíblico é que de nada adianta irmos aos
cultos, postarmos uns versículos nos perfis nas redes sociais, se não damos a
mínima para o que acontece com as pessoas que convivem conosco. Pior: como
temos coragem de nos chamarmos cristãos se mal nos importamos com o que se
passa na vida dos próprios irmãos da igreja, com quem teoricamente temos
comunhão todo final de semana? Se for assim, nos tornaremos como os fariseus
que tanto foram repreendidos por Jesus, devido às suas atitudes arrogantes e
mesquinhas.

A verdadeira fé é aquela que opera mudanças no coração humano. E
acredito que foi a fé que fez essa igreja do Rio de Janeiro, voltar o foco para
coisas realmente importantes. Não é pecado reformar o templo, é até necessário.
Mas, se essa reforma estética toma conta do orçamento de uma igreja e não deixa
que o serviço social seja feito, eu penso que as prioridades podem estar
equivocadas.

Enfim, acho que esse exemplo pode servir de alerta para pensarmos mais
sobre o que temos feito da nossa fé e do verdadeiro papel da igreja na
sociedade.

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