Olá meninas,tudo bem?
Essa semana não irei postar sobre o meu tema,mas vou falar sobre como vencer o pecado.Espero que gostem.
O pecado de fundo do ser humano é o egoísmo, ou seja, o amor exarcebado a
si mesmo, a ponto de desprezar os outros e até o próprio Deus. Por fim,
como veremos, esse desprezo volta-se contra si mesmo.
Imagine que você se envolveu com pessoas muito perigosas, que agora lhe
prenderam e lhe mantém cativa, sofrendo muito. A sua mãe está
desesperada e finalmente descobre onde você está. Ela vai até lá para
pedir a sua libertação (antes que tudo isso acontecesse ela já lhe dizia
para não se envolver com esse tipo de gente, mas você não deu atenção a
ela).
No entanto as pessoas que estão com você são muito ruins. Elas não se
importam com o sofrimento de sua mãe, mas decidem satisfazer sua maldade
com um jogo mórbido: eles propõe à sua mãe que se ela tanto te ama, ela
deve dar a sua vida pela da filha. A sua mãe aceita; você é libertada e
ela fica na mão dos caras que a matam. Vendo o que sua mãe sofreu por
você, você passa a dar valor a sua vida. Porém, após alguns anos você se
“esquece” do sofrimento de sua mãe e volta a se envolver com esse mesmo
tipo de gente…
Parece exagero e fora da realidade a estória acima? Na verdade não é.
Ela acontece diariamente; seja na vida das mães e pais que perdem seus
filhos para o tráfico de drogas ou, mais exatamente, em relação a Deus.
A nossa fé nos diz o seguinte, em curtas palavras: “Deus tanto amou o
mundo que enviou o seu Filho para que quem nele crer não pereça mais
tenha a vida” (Jo 3,16). Trocando em miúdos: nós estávamos no pecado,
inimigos de Deus e escravos do demônio. Jesus veio ao mundo, sofreu tudo
e mais um pouco por nós para que pudéssemos sair da escravidão e ter
uma vida nova, que será perfeita na eternidade.
O que acontece é que muitas vezes dizemos que acreditamos nisso (que
Deus nos ama e que Jesus sofreu tanto por nós), mas não damos valor; ou
seja, nossa fé não passa da cabeça para os atos. Em outras palavras,
amamos mais a nós mesmos (egoísmo) do que a Deus. Basta uma tentação que
venha, algo que me agrade, ainda que momentaneamente, para que eu não
ligue para o amor, comprovado pela dor, de Jesus.
Se eu amasse mesmo a Deus eu diria: “isso que se apresenta para mim me
atrai muito, mas eu sei que Jesus morreu por mim, por isso, em respeito
ao seu amor, eu vou negar isso”.
Isso não nos lembra a Palavra de Jesus?
“Eu vos afirmo e esta é a verdade: se o grão de trigo não cair na terra e
morrer, ficará só. Se, pelo contrário, ele morrer, dará muito fruto.
Quem ama sua vida a perderá; quem, neste mundo, odeia sua vida a
guardará para a vida eterna. Se alguém me quer servir, que me siga, e
onde eu estiver, estará também meu servidor. Se alguém me servir, o Pai o
honrará.” (Jo 12,24ss)
PRECISAMOS MORRER PARA NÓS MESMOS, CASO CONTRÁRIO A VIDA SERÁ FÚTIL.
Avançando um pouco na nossa fé cristã (tudo que escrevo aqui só tem
sentido para que tem fé!) sabemos que um dia estaremos diante de Jesus e
seremos por Ele julgados, de acordo com aquilo que vivemos neste mundo.
Ora, se vivermos para nós mesmos, em nosso egoísmo, como poderemos estar
com Deus pela eternidade? Esse tempo de vida é o tempo de escolha. Os
santos entenderam isso. Eles deram valor ao amor de Deus e desprezaram
as coisas deste mundo. Nós não somos santos completos, mas devemos
avançar na santidade. O Senhor sabe de nossa fraqueza e por isso deixou o
sacramento da confissão, para podermos seguir adiante após as nossas
quedas.
Mas devemos ter bem claro diante de nós: uma vida no pecado é uma
escolha de não viver com Deus pela eternidade. A Bíblia tem palavras
claras sobre isso:
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes! Eles poderão dispor
da árvore da vida e entrar na cidade pelas portas. Que fiquem fora os
cães, os envenenadores, os impudicos, os homicidas, os idólatras, e
todos aqueles que amam e praticam a mentira!” (Apoc 22,14ss)
O objetivo da Bíblia não é nos assustar, mas mostrar a seriedade de
nossas decisões. O que Deus quer é “que todos os homens se salvem e
cheguem ao conhecimento da verdade” (Tt 1,1)
Por fim, há que se concluir aquilo que foi dito no início: o egoísmo que
nos aprisiona no pecado se volta contra nós mesmos. O pecado corrói a
pessoa por dentro (cf. Sl 50, 10.11.16) tirando a alegria da vida
(porque tantos suicídios entre ricos e famosos?) ele faz a consciência
pesar (Sl 31,2-4). Aquilo que no início parece ser alegria traz consigo
brigas, inimizades, vergonha, etc.
O que fazer, uma vez que a luta contra o pecado é tão difícil? Devemos
amar a Deus e nos deixarmos ser amados por Ele. Como consequência
venceremos o pecado.
