Nós
estamos acostumados a ouvir que os pais amam os seus filhos da mesma forma, não
fazendo preferência para um e deixando o outro de lado, não é mesmo?
Entretanto, é muito comum encontrar casos que “fogem a esta regra”, isto é,
existem pais que são mais atenciosos a determinados filhos e desprezam os
demais. Se você se sente como um filho desprezado pelos seus pais e não sabe
mais o que fazer, esse artigo é dedicado a você.
Essa
história dos pais darem mais atenção para um determinado filho do que o outro é
mais antiga do que possa imaginar. Isso já tem sido um problema familiar desde
os tempos bíblicos. Leia este trecho das Escrituras:
“Isaque preferia Esaú, porque gostava de comer de suas
caças; Rebeca preferia Jacó.”
(Gênesis 25.28)

O
nascimento dos filhos gêmeos era uma resposta da oração de Rebeca (Gn 25.21),
porém nem ela e nem o seu esposo souberam administrar bem o seu lar, fazendo
com que o favoritismo reinasse em sua casa. Provavelmente, Rebeca amava mais a
Jacó porque ele era sossegado e gostava de ficar em casa, passando a maior
parte do tempo ajudando a sua mãe (Gn 25.27); por sua vez, Jacó amava mais a
Esaú porque gostava de saborear as caças que ele trazia, já que era um caçador
habilidoso (Gn 25.27,28). Esse favoritismo promoveu uma desavença na família,
conduzindo uma disputa interminável entre os dois dentro de casa, resultando
até mesmo em um desejo de Esaú em matar a seu irmão (Gn 27.41).
E
você pensa que acabou por aí? Na-na-ni-na-não! Ironicamente Jacó fez a mesma
coisa com os seus filhos. Leia este trecho:
“Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer
outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer
para ele uma túnica longa.”
(Gênesis 37.3)
Para
começo de conversa, Jacó fazia preferência entre as suas duas esposas (que eram
irmãs), ele amava mais Raquel do que a Lia (Gn 29.30), e isso provocou conflito
e rivalidade entre as irmãs (Gn 29.31 — 30.24), pois o seu casamento com Lia
foi reduzido a um contrato comercial (Gn 30.16). Deus viu essa predileção e fez
com que Lia que era desprezada tivesse filhos, já que Raquel era estéril (Gn
29.32). Algum tempo depois, Deus “abriu o ventre” de Raquel para que pudesse
ter filhos, e assim nasceu José (Gn 30.22,23). E antes de morrer, Raquel deu à
luz a mais um filho (Gn 35.16), chamado Benjamin.
E
por José ser o primeiro filho nascido de sua esposa amada quando ele já estava
velho, fez com que tivesse uma preferência por ele rejeitando os seus demais
filhos. Jacó não disfarçava o amor especial que tinha por José (Gn 37.3), e
isso fez com que seus irmãos passassem a odiar a José e não falar com ele de
modo amigável (Gn 37.4). E a inveja e o ódio foram tanto que resolveram “acabar
com a vida” de José e o venderem por vinte moedas de prata (Gn 37.28).
Mencionei
essas duas histórias bíblicas para que você entenda que não é a única que passa
por essa situação. Talvez a sua mãe ou o seu pai (ou até mesmo ambos) gastem
mais o seu tempo com seu irmão do que contigo, e até por vezes fazem comparações
que ferem o seu coração. No entanto, não permita que o sentimento de
inferioridade venha sobre você e lhe domine. Não deixe que o Inimigo encontre brechas em sua vida para semear inveja, ciúmes, ódio, mágoa e tristeza em seu
coração; assim como ele fez na vida desses personagens da Bíblia.
Mais
cedo ou mais tarde, seus pais vão perceber que não agiram de forma correta
contigo. O que você tem que fazer a partir de agora é liberar perdão para eles
e não nutrir nenhum sentimento de ódio por seu irmão. Perdoe-os por esse tipo
de atitude. Eu sei que não é nada fácil, mas Deus se agradará de sua atitude e
a recompensará por isso.
Sobretudo,
nunca se esqueça de que você tem um Pai celestial que te ama muito, que
compreende o que está passando, que lhe aceite do jeitinho que você é e lhe
ajuda em todos os momentos, até mesmo os mais difíceis. Deus é o Pai que promete
nunca lhe abandonar e que cumpre o que prometeu!
Observe
o que as Escrituras Sagradas afirmam:
“Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o
Senhor me acolherá.”
(Salmos 27.10)
“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu
filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda
que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.” (Isaías 49.15)
“Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu
irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a
Deus, a quem não vê.” (1 João 4.20)
Para
finalizar, quero deixar claro que a Bíblia condena o favoritismo, o tratar as
pessoas de um modo diferenciado. E seus pais estão cometendo um erro ao fazer
isso contigo e certamente terão que responder diante de Deus essa atitude (Tg
2.9); entretanto, não cabe a você a “pagar na mesma moeda”, nem agora e muito
menos no futuro. Deixe essa questão nas mãos de Deus!
Portanto,
fica a lição: “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo,
não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo.” (Tiago 2.1).
E o que você achou desta postagem? Precisa de um
conselho sobre essa questão ou outra? Quer compartilhar algo que Deus colocou
em seu coração?
Deixe seu comentário!

Meu e-mail: abileneleite96@gmail.com / Meu Facebook
/ Meu Twitter
Gostou da postagem?! Então Comente! Para comentar é preciso estar seguindo o Blog!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *