As
dez pragas do Egito foram juízos de Deus enviados contra os egípcios para que
pudesse revelar que somente o Senhor é o único e verdadeiro Deus; além de ser
uma forma de libertar o povo hebreu da escravidão. Esta história bíblica está
registrada no livro de Êxodo, dos capítulos 7 ao 12.

 

Antes
que as dez pragas fossem enviadas, Moisés e Arão que eram irmãos, com a ordem
de Deus foram falar com Faraó para que ele deixasse o povo de Israel partir. No
entanto, o Senhor já havia os avisado que Faraó não lhes escutaria. E,
portanto, Deus colocaria sua mão sobre o Egito (Ex 7.4).

 

Enquanto
as pragas eram enviadas, Faraó se recusava a libertar o povo de Israel que era
escravizado no Egito há mais de 400 anos. Somente após a décima praga, o povo
de Deus saiu do Egito.

 

Mas…
você sabia que as dez pragas que Deus enviou ao Egito tinha um significado?
Cada praga humilhava todos os falsos deuses que os egípcios acreditavam. E essa
história não serviu apenas de lição para os egípcios, porque há muitas lições
que nós podemos aprender. Assim, a seguir veremos mais detalhadamente sobre
como foram as dez pragas e os seus significados.

 

“Executarei
juízo sobre todos os deuses do Egito, pois eu sou o Senhor.”

(Êxodo
12.12b)

 

Primeira
praga: Água em sangue

 

Deus
orientou Moisés que fosse junto com seu irmão Arão até Faraó para que pedisse
pela liberdade do povo hebreu, e assim o fizeram. Mas diante da primeira recusa
de Faraó ao pedido, Moisés orientou ao seu irmão que tocasse com uma vara no
rio Nilo e dessa forma as águas do rio se transformaram em sangue.

 

É
importante lembrar que o rio não foi o único afetado por essa primeira praga
(Ex 7.14-25), porque todos os canais, lagoas e reservatórios de água que haviam
no Egito foram atingidos também. Logo, os peixes morreram e ninguém podia beber
da água do rio.

 

A
transformação da água em sangue foi um ataque ao deus Nilo (personificação de
Hápi) ao qual os egípcios acreditavam, além de ser uma ofensa a algumas
espécies de peixes que eles veneravam. Os magos do Egito conseguiram imitar
essa praga, e Faraó ficou com seu coração endurecido.

 

Segunda
praga: Rãs

 

Após
a segunda resposta negativa de Faraó deixar o povo hebreu partir, Deus enviou
uma segunda praga (Ex 8.1-15) que foi uma infestação de rãs que se espalhou por
todo o Egito. Os magos também conseguiram imitar essa praga.

 

Então,
Faraó recorreu a Moisés e Arão suplicando para que as rãs fossem tiradas do
meio dos egípcios, prometendo libertar os hebreus. No entanto, logo depois do
fim da segunda praga, Faraó continuou com o coração endurecido e se recusou a
libertar o povo hebreu.

 

A
infestação de rãs foi um ataque a deusa Heqet que tinha cabeça de rã e,
portanto, esse animal era sagrado para os egípcios. A grande multiplicação de
rãs fez que com que o Egito visse o animal que era idolatrado, sendo um
instrumento de tormento para o povo que lhe era tão devoto.

 

Terceira
praga: Piolhos

 

Na
terceira praga (Ex 8.16-19), Arão estendeu o seu bordão e feriu o pó da terra
que foi transformado em uma epidemia de piolhos que infestou toda a terra do
Egito, cobrindo os egípcios e os animais. Os magos egípcios tentaram reproduzir
a praga, mas não conseguiram e reconheceram que estava havendo ali uma
intervenção do Deus dos hebreus: “Isso é o dedo de Deus!”. Apesar disso,
o coração de Faraó permaneceu endurecido.

 

A
infestação de piolhos foi um ataque ao deus Geb a quem os egípcios chamavam de
deus da terra e que possuía uma cabeça de serpente. Deus mostrou a impotência
daquela divindade, isto é, em vez da terra produzir colheitas, ela estava
provocando coceiras e gerando piolhos.

 

Devido
a essa praga, os sacerdotes egípcios ficaram impossibilitados de cumprirem suas
obrigações religiosas a serviço dos deuses, pois para entrar no templo deveriam
passar por um ritual de limpeza já que não podiam ter em seu corpo e nem em
suas vestes qualquer animal imundo.

 

Quarta
praga: Moscas

 

Novamente,
Moisés e Arão foram ao encontro de Faraó para pedir que os hebreus fossem libertos
da escravidão e assim pudessem prestar um culto a Deus. Como Faraó recusou mais
uma vez o pedido, Deus enviou um enxame de moscas para castigar os egípcios,
mas os israelitas não seriam mais atingidos. Ou seja, enquanto os egípcios
sofriam com a praga das moscas, os hebreus não foram atacados.

 

Durante
a quarta praga (Ex 8.20-32), Faraó tentou negociar um acordo com Moisés, ele queria
que os israelitas adorassem a Deus no próprio Egito; porém Moisés rejeitou a
proposta. Então o Faraó concordou em libertar o povo de Israel, no entanto
depois que Deus fez as moscas desaparecessem, Faraó continuou com o coração
endurecido.

 

A
infestação de moscas foi um ataque ao deus Kheper descrito como um homem com a
cabeça de um escaravelho – um tipo de besouro esterqueiro – pois foi incapaz de
controlar os insetos. Os egípcios acreditavam que esse animal era divino, uma
vez que surgiam de animais mortos. Ao que tudo indica, os egípcios não
entendiam que os besouros colocavam seus ovos em animais mortos ou em estrumes
para, mais tarde, eles nascerem.

 

Quinta
praga: Pestes em animais

 

A
quinta praga (Ex 9.1-7) atingiu os rebanhos dos egípcios que estavam no campo,
Deus enviou uma peste que fez com que todos os animais adoecessem e morressem.
Aqui novamente há uma linha de separação entre os hebreus e os egípcios, uma
vez que do rebanho dos hebreus nenhum animal foi atingido. Essa praga foi
anunciada com antecipação, a saber, o dia seguinte; mas mesmo assim Faraó
permaneceu com o coração endurecido e não libertou os israelitas.

 

A pestilência
nos animais foi um ataque a deusa Hator que possuía uma cabeça de vaca e ao
deus Ápis considerado o deus boi, que eram o mais venerados entre os animais
sagrados. Deus mostrou que tais divindades foram incapazes de proteger os rebanhos
egípcios.

 

Sexta
praga: Feridas sobre os egípcios

 

Depois
de mais uma recusa de libertar o povo, Deus orientou Moisés a pegar cinzas de
um forno e lançá-las no ar diante dos olhos de Faraó e aquele pó fino provocou
úlceras na pele dos egípcios e no restante dos animais; esta foi a sexta praga
(Ex 9.8-12). E mais uma vez o coração de Faraó se endureceu e não permitiu o
povo israelita de partir. É importante lembrar que lançar no ar as cinzas sobre
o povo, era visto como uma bênção para os egípcios.

 

As
feridas sobre os egípcios foi um ataque aos deuses de cura em que eles
acreditavam. Um deles era o Imhotep, conhecido como deus da medicina. Outro era
Thot, que era representado por um homem com cabeça de ave, conhecido como o
deus da inteligência e do conhecimento médico. Outra era Nefertem, deus da
cura. Outra era Sekhmet, deusa das doenças. E também havia Ísis, deusa da magia
e relacionada a medicina antiga. Todos esses deuses se mostraram impotentes
para proteger os egípcios e ajudá-los das úlceras que se espalhavam por seus
corpos.

 

Sétima
praga: Chuva de pedras

 

Após
mais uma resposta negativa de Faraó, Deus fez cair sobre o Egito a sétima praga
(Ex 9.13-35). Mas, antes, Deus também avisou que quem não quisesse morrer
deveria se proteger da chuva e, portanto, alguns dos oficiais de Faraó que já
haviam aprendido a temer a palavra do Senhor, recolheram seus servos e gados em
lugares seguros.

 

Assim,
a chuva de granizo atingiu todo o Egito, mas deixou ilesa a terra onde os
hebreus estavam. Com essa praga, Faraó admitiu uma possível culpa e prometeu
libertar o povo de Israel, entretanto quando a chuva de granizo terminou, novamente
ele endureceu seu coração.

 

A
chuva de pedras (granizo) foi um ataque a deusa Nut que representava o céu, os
trovões e a chuva; e também um ataque ao deus Osíris que segundo a crença
cuidava da agricultura e da vegetação. Deus mostrou que as divindades dos
egípcios não foram capazes de controlar Sua ira e nem mesmo de impedir que
muitas coisas ali no Egito fossem destruídas.

 

Oitava
praga: Gafanhotos

 

A
oitava praga (Ex 10.1-20) trouxe um número incontável de gafanhotos sobre o
Egito que devoraram toda vegetação que havia sobrado da praga anterior. Mas antes
de o Egito ser castigado por gafanhotos, Faraó tentou fazer mais um acordo com
Moisés. Depois disso, mais uma vez Faraó mandou chamar Moisés e confessou ter
pecado, pedindo para que a praga cessasse. Porém, no final Faraó permaneceu com
o coração endurecido.

 

A infestação
de gafanhotos foi um ataque ao deus Serápis a quem os egípcios acreditavam ser
o deus da abundância da produção agrícola. O juízo de Deus era mais uma demonstração
de que a crença egípcia em um deus que garantia colheita abundante era falsa.

 

Nova
praga: Escuridão total

 

Depois
de mais uma recusa em libertar os hebreus, Deus enviou a nona praga (Ex
10.21-29) que foi uma escuridão densa que podia ser apalpada por três dias
sobre os egípcios. Entretanto, os israelitas eram os únicos que possuíam luz
onde habitavam. Com a escuridão total, Faraó prometeu dar a liberdade aos
hebreus, mas eles deveriam deixar os seus animais. Portanto, Faraó endureceu
seu coração mais uma vez e não deixou o povo partir.

 

A praga
da escuridão total foi um ataque ao deus Rá (ou Amon-Rá), a quem os egípcios
chamavam de deus do sol. Quando as densas trevas tomaram conta do Egito, mais
uma vez Deus estava demonstrando a Sua superioridade sobre o falso deus do
Egito que não tinha poder algum para proteger os egípcios da praga.

 

Décima
praga: Morte dos primogênitos

 

A
décima praga (Ex 11 – 12) foi responsável por matar os primogênitos do Egito,
desde o filho mais velho dos homens até mesmo dos animais. Mas antes disso,
Deus deu instruções para aqueles que O temessem, eles deveriam passar sangue de
cordeiro nas portas de suas casas, para que quando a morte atingisse os primogênitos,
as famílias que tivessem sangue em sua porta seriam poupadas.

 

Como
resultado da última praga, Faraó libertou os hebreus da escravidão suplicando
que fossem embora. Assim, os hebreus partiram e deixaram o Egito.

 

A morte
dos primogênitos foi um ataque a Faraó e ao deus Hórus, uma vez que segundo a
crença dos egípcios, Faraó seria a encarnação do deus Hórus em vida e que
deveria ser adorado. Deus demonstrou a falsa divindade de Faraó e seu filho, já
que provavelmente ele seria o herdeiro do trono.

 

 

As
dez pragas que Deus enviou ao Egito não foram de maneira aleatória, cada uma
tinha o significado de afrontar os deuses falsos dos egípcios. E a libertação
do povo hebreu do domínio egípcio aponta para a libertação do pecado realizada
por Jesus. Pois o sangue do cordeiro na porta da última praga enviada, aponta
para o sacrifício de Cristo na cruz.

 

 

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