Há um versículo que sempre me
chamou atenção:
“Mas ame cada um o seu próximo
como a si mesmo. Eu sou o Senhor.”
(Levítico 19.18b)
O destaque que sempre me encheu
os olhos para refletir foi que devo amar o meu próximo como eu amo a mim mesma,
ou seja, se eu não amo a mim mesma, como poderei amar o próximo? Logo, preciso
aprender a ter amor próprio… mas… até que ponto eu posso nutrir esse
sentimento em mim? O que a Bíblia diz a respeito?
Precisamos entender que a
autoestima é muito relevante, já que uma pessoa que não é bem resolvida consigo
mesma tem sérios problemas de relacionamentos com outras pessoas. A percepção
que temos de nós mesmos irá influenciar o nosso modo de falar e interagir com
os outros.
Por exemplo, se eu sou uma pessoa mal humorada, como vou poder
animar alguém que está abatido pelas circunstâncias da vida e falar que Jesus é
a real alegria que alguém pode ter? Não há como!

Vejo muitos cristãos bem divididos
quando o assunto é amar a si próprio, com duas vertentes bem opostas uma das
outras, uma que defende que o cristão é completamente miserável e outra que
defende que o cristão deve ser egocentrista.
A primeira linha de pensamento
diz que o cristão é um ser completamente miserável e semeia uma humildade
exagerada e bastante artificial. Baseia-se em passagens das Escrituras que
falam sobre o abandono do “eu”, a humildade, o distanciamento que devemos ter
do egoísmo e do orgulho, etc. Mostrando assim que amar a si mesmo é algo mal.
Mas discordo de tal pensamento, pois não podemos formular opiniões retirando os
versículos de seus devidos contextos.
A segunda linha de pensamento diz
que o cristão é uma espécie de “super-homem”, alguém que é completamente
imbatível e promove a cura de todos os males da sociedade, fazendo que o
cristão pense que Deus é obrigado a honrar ele. Baseia-se em passagens das
Escrituras que falam que podemos tudo naquEle que nos fortalece, que Ele supre
todas as nossas necessidades e que nada vai nos faltar, etc. Mostrando assim que
devemos primeiramente amar a si mesmos e, depois, amar o próximo; ou seja, pôr
o “eu” antes do próximo. Mas também discordo de tal pensamento, pois não podemos
distorcer os versículos como desculpa para aumentar o ego.
O problema dessas linhas de
pensamento é que uma se fundamenta na escassez de amor próprio e a outra se
fundamenta no excesso de amor próprio. Isto é, o problema não é ter amor próprio,
mas sim tê-lo com pouquidade ou com exagero.
O amor próprio deve se basear no
valor que Deus nos dá. A Bíblia diz: “Pergunto: Que é o homem, para que com ele
te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? Tu o fizeste um
pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra.” (Salmos
8.4,5). Ou seja, o Senhor nos dá um grande valor e nos tem em alta estima,
porque fomos criados à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27). E é por esta razão
que podemos ser libertos dos complexos de inferioridade e da baixa autoestima,
se amarmos a nós mesmos como Deus nos ama.
Deus não quer que você pense que
não é ninguém, assim como Ele não quer que você pense que é superior que os
outros.
Por essa razão você precisa tomar bastante cuidado para não ir a esses
extremos. Porque a Palavra de Deus nos ensina:

“Não se vendem cinco pardais por duas
moedinhas? Contudo, nenhum deles é esquecido por Deus. Até os cabelos da cabeça
de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos
pardais!”
(Lucas 12.6,7). Ou seja, o seu verdadeiro valor é expresso pelo
conceito que Deus tem de você. Você não é uma pessoa miserável!

“Pois pela graça que me foi dada digo a
todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve
ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida
da fé que Deus lhe concedeu.”
(Romanos 12.3). Ou seja, não ame
exageradamente a si mesmo, pois todos são importantes, independente do que cada
um faça ou é. O melhor é agir com equilíbrio e moderação!
Assim como cada um de nós cuidamos
do corpo, nos alimentamos, fazemos exercícios, nos vestimos bem, nos protegemos
contra enganos e ofensas; assim devemos amar o próximo. São essas as implicações
para o amor próprio. Isto é, amar os outros como a nós mesmos significa
trabalhar frequentemente para que as necessidades alheias sejam atendidas e
supridas. “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos.” (Filipenses 2.3).
Lembre-se: O amor próprio é base
para que possamos amar os outros. Então, tenha um amor sadio por si mesmo, para
que saiba como amar as outras pessoas.
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